Nos estudos de Ciências Políticas, não há uma definição clara entre o conceito de fascismo e de populismo. O campo de atuação entre suas lideranças se assemelha em muitos aspectos, sobretudo no que tange às formas de se estruturar e operar dentro dos trâmites das democracias liberais. As práticas autoritárias de ascensão e manutenção do poder, por parte de lideranças e agrupamentos políticos radicais, se transformaram ao longo dos tempos e se moldaram de acordo com as circunstâncias históricas. Com o objetivo de conquista do poder, o autoritarismo metamorfoseado destes grupos radicais, nascidos em ambiente democrático, se alimentou, cresceu e se ampliou no liame social e foi forjado, explicitamente ou não, como oponente visceral da democracia liberal. O presente trabalho aborda as ligações estruturais entre o fascismo e o populismo e a relação intrínseca de ambos com a personalidade autoritária estudada por Theodor Adorno.