A modernidade líquida é marcada pela fluidez e instabilidade das instituições e das relações, onde a fragmentação, individualismo e isolamento, aliados a um sistema econômico capitalista cada vez mais liberal, impossibilita o indivíduo pobre de alcançar suas metas e realizações pessoais. Este processo de anomia, define a atividade criminosa pela falta de oportunidades, emergindo o cenário de insegurança generalizada, que produz altos índices de encarceramento. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo investigar e identificar os fatores sociais e políticos que fomentam o encarceramento em massa e contribuem para a formação do atual Estado Penal. Para tanto, será utilizada uma pesquisa de caráter bibliográfica de abordagem qualitativa, utilizando-se como marco teórico as ideias desenvolvidas por Zygmunt Bauman e por John Rawls, vez que o encarceramento massivo recai sobre um grupo social bem específico.